Os cabos submarinos de fibra ótica são infraestruturas essenciais da sociedade conectada em rede. Distribuem, de acordo com Nicole Starosielski, 99% de todas as comunicações digitais transoceânicas, incluindo ligações telefônicas, textos e mensagens de e-mail, sites, imagens e vídeos digitais, incluindo televisão.
Os cabos de fibra ótica tem substituído os cabos de cobre, tendo o primeiro sistema internacional sido estabelecido em 1986. Os cabos de fibra ótica são feixes de “fios de vidro” que codificam sinais em luz e representam um avanço tecnológico, ainda que sua implementação e disseminação tenha sido não tão rápida devido ao que Nicole aponta ser um conservadorismo que marca a indústria.
Ao mesmo tempo, a primeira geração de cabos ópticos teve uma das durações mais curtas na história dos cabos submarinos. O primeiro cabo transpacífico durou mais de meio século, o primeiro de cobre 32 anos, já o primeiro de fibra ótica para o Hawaii durou apenas 15 anos, idade com que atingiu sua demanda máxima.
Do final da década de 1990 até o fim da década de 2010, Fortaleza consolidou-se como um hub de cabos submarinos no Atlântico Sul.
Na animação publicada pelo site Quartz, pode-se ver a evolução do sistema de cabos de fibra óptica desde 1990:
Referência
STAROSIELSKI, Nicole. The Undersea Network. Duke University Press. 2015.
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