Ao redor das infraestruturas:
práticas artísticas e mudanças climáticas
Ao redor das infraestruturas:
práticas artísticas e mudanças climáticas
Ao redor das infraestruturas:
práticas artísticas e mudanças climáticas
Ao redor das infraestruturas:
práticas artísticas e mudanças climáticas
OBJETIVO GERAL
Desenvolver práticas artísticas que respondam de modo propositivo aos desafios colocados pelas mudanças climáticas para territórios infraestruturais no Rio de Janeiro
RESULTADOS ESPERADOS
Identificação de desafios encontrados por territórios infraestruturais no Rio de Janeiro diante das mudanças climáticas;
Apresentação de um mapeamento interativo, via página web, de infraestruturas midiáticas situadas no Rio de Janeiro;
Realização de práticas artísticas nos territórios infraestruturais;
Realização de uma exposição sobre o tema;
Publicação de um livro de compartilhamento do processo.
CRONOGRAMA
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Levantamento e análise bibliográfica: Julho de 2023 a Fevereiro 2024
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Levantamento e análise de práticas artísticas: Julho de 2023 a Fevereiro 2024
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Elaboração de um glossário: A partir de Novembro de 2023
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Visitas de campo aos territórios infraestruturais: Novembro de 2024 a Abril de 2024
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Processos criativos e práticas artísticas nos territórios: Abril de 2024 a Novembro de 2024
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Visita de Intercâmbio: 2024
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Criação de uma página web: Abril a Novembro de 2024
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Oferecimento de minicurso/workshop para graduação: 2024
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Proposição de disciplina optativa na pós-graduação: 2024/2025
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Apresentação dos resultados parciais em eventos científicos 2024/2025
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Realização de uma exposição: Abril a Maio de 2025
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Produção e publicação de livro de artista: Janeiro a Junho de 2025
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Redação do relatório final: Junho de 2025
PESQUISA ARTÍSTICA
IDENTIFICAÇÃO DOS TERRITÓRIOS INFRAESTRUTURAIS E SUAS QUESTÕES AMBIENTAIS
PRAIA DA MACUMBA
PAVUNA
MORRO DO SUMARÉ
GUARATIBA
GLOSSÁRIO
REFERÊNCIAS PÁGINAS WEB
https://beyondresolution.info/
https://www.taipeibiennial.org/2020/en-US
Pesquisa bibliográfica entre julho e novembro de 2023:
58 referências estudadas
15 destacadas como mais significativas para a pesquisa
QUESTÕES DE TEORIA DAS MÍDIAS/COMUNICAÇÃO
- A pesquisa converge com atuais estudos de infraestrutura das mídias que pensam sobre a adaptação das indústrias de data centers e cabos submarinos às mudanças climáticas e a "transição verde" (Mél Hogan, Nicole Starosielski, Anne Pasek, etc).
- Linha de teoria das mídias fundamentada nos textos e práticas artísticas de Robert Smithson
- Atenção para materialidade e terrestrialidade das infraestruturas (Jussi Parikka, Sebatian Lehuadé)
- Reconhecimento e produção de afetos e imaginários infraestruturais (Lisa Parks) e imaginários de resiliência (Luke Munn)
- Atenção para as ideologias que envolvem as infraestruturas na prática, para além dos imaginários que as envolvem (Niels ten Oever).
- Interesse nas estratégias e métodos de comunicação e mediação para a ação climática (Susan Doyle)
- Comunicação e a metodologia "pesquisa baseada em arte"
QUESTÕES DE PESQUISA ARTÍSTICA
- tipos de envolvimento dos artistas com dados científicos sobre mudanças climáticas
- arte, percepção das mudanças climáticas e propriocepção infraestrutural (desafios de escala)
- expectativas projetadas sobre a arte em relação às mudanças climáticas
- crítica à espetacularização das mudanças climáticas com a estética do sublime na arte contemporânea: arte que causa impotência e ansiedade climática
- ficção transmídia como método de processos criativos individuais e colaborativos para percepção e imaginação sobre territórios infraestruturais
- pesquisa, prática artística e exposição baseadas em ficção
- a arte pode apontar limitações dos sistemas de conhecimento pelos quais damos sentido ao mundo para projetar variações possíveis da realidade social
Citações selecionadas
"Práticas artísticas que, em vez disso [do sublime e da impotência], superam esses paradigmas clássicos e hierárquicos têm o potencial de abrir diferentes percepções e talvez até encorajar a ação. Elas esclarecem as muitas dissonâncias inevitáveis que experimentamos todos os dias enquanto levamos nossas vidas com alta emissão de CO2, mesmo enquanto nos preocupamos com a crise climática. Indo além do quadro de sujeitos consumidores individuais, elas podem abrir o caminho para ações políticas conjuntas fora dos museus, onde a arte e o protesto se encontram" (Schneider, 2021, p. 272)
"Em uma advertência surpreendente para artistas progressistas que esperam ser eficazes, pesquisadores descobriram em um estudo de 2015 com 874 respostas de espectadores às obras apresentadas no festival de mudanças climáticas ArtCOP21 em Paris que apenas três das trinta e sete obras públicas espalhadas pela cidade inspiraram "reflexão pessoal ou ação". Todas as três eram "belas e coloridas representações da natureza sublime que mostram soluções para problemas ambientais". Buckminster Fuller declarou famosamente: "Você nunca muda as coisas lutando contra a realidade existente. Para mudar algo, construa um novo modelo que torne o modelo existente obsoleto". (Lippard, 2021, p. 52)
"Portanto, uma mensagem intencional e um resultado explícito não devem ser uma expectativa no envolvimento das artes com as mudanças climáticas. Na verdade, minhas próprias respostas à arte e às mudanças climáticas têm sido mais fortes quando obras de arte existentes são reinterpretadas através da lente das mudanças climáticas (por exemplo, Gormley e Hatoum), ou quando a arte que pode ter sido inspirada pelas mudanças climáticas não é instrumental ou óbvia em sua mensagem, buscando, em vez disso, nos fazer questionar o que significa ser humano e revelar as limitações dos sistemas de conhecimento pelos quais damos sentido ao mundo (por exemplo, Twomey), na esperança de gerar novas realidades sociais. Se as mudanças climáticas não forem apenas para fornecer "à arte uma nova narrativa" (RSA Arts and Ecology 2010), então projetos colaborativos entre artistas e diferentes disciplinas ou grupos de pessoas podem facilitar respostas culturais mais significativas e diversas às mudanças climáticas, movendo as imagens das mudanças climáticas para longe do óbvio para ajudar a facilitar respostas mais significativas, presentes e centradas no ser humano às mudanças climáticas" (Doyle, 2011, 154)
REFERÊNCIAS DE LIVROS
REFERÊNCIAS
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