Aula 09 - A arte se tornou fotográfica?
Na nossa quinta semana, buscamos:
Perceber como o "inconsciente fotográfico" afetou a arte contemporânea para além da produção de fotografias, atravessando desde a pintura à earth art/land art.
Por onde passamos?
O ato fotográfico em Duchamp, a fotografia aérea em Lissitsky, Malevich, Moholy-Nagy, Suprematismo, John Heartfield, Moholy-Nagy, Hannah Höch, Kurt Schwitters, Jackson Pollock, Robert Rauschenberg, Joseph Kosuth, Robert Smithson, Pierre Ayot, etc.
Para percebermos que...
•“Não se trata de tratar a fotografia contemporânea como arte – questão ultrapassada, sem significado pertinente hoje -, mas antes a arte contemporânea como marcada em seus fundamentos pela fotografia”. Dubois, Philippe.
- Trabalhar fotograficamente como artista não significa apenas trabalhar com fotografia.
- Duchamp abandonou a lógica da arte retiniana, abrindo um espaço topológico orientado pela lógica do ato, da experiência, do sujeito, da situação.
- “A arte de Duchamp e a fotografia têm em comum funcionarem [...] como simples impressão de uma presença [...] que não extrai seu sentido de si mesma, mas antes da relação existencial que a une ao que a provocou”
-Um novo espaço pictórico emergiu com a fotografia aérea, como se pode perceber nas pinturas de Malévich.
-Tal representação do espaço não é herdada da perspectiva linear, tendo como características a suspensão, a liberdade, a mobilidade do sujeito, a transformação do real em uma codificação a ser decifrada, a influência da lógica do traço (luz, decalques, materiais, raspagens, sobreimpressões, decalcomanias).
- Essa lógica indiciária, topológica, vai atravessar diversas práticas da arte contemporânea, como o expressionismo abstrato, a land art, etc.