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Aula 05 - A fotografia e o real

Na nossa quinta semana, buscamos:

Conhecer três abordagens dos séculos XIX e XX para o real na fotografia: a fotografia como mímese, como código e como traço.

Por onde passamos?

- Por fotografias de Guerra "meio reais e meio ficcionais", como as de Alexander Gardner.

- Por Eugène Atget e a documentação da arquitetura parisiense.

- Pela consideração da Antropologia para a fotografia como um meio codificado culturalmente.

- Pela abordagem de Lázlo Moholy-Nagy para a luz.

- Por práticas fotográficas de artistas como Yuri Firmeza e Alair Gomes.

Para percebermos que...

  1. A fotografia como espelho do real (o discurso da mimese)

- É considerado o primeiro e primário discurso sobre a fotografia.

- Considera a fotografia a partir de uma capacidade mimética que advém de sua natureza técnica.

- A fotografia não é vista como são as obras de arte, que dependem do gênio e do talento manual do artista.

- Tal discurso, o discurso da mímese, marca o século XIX, com a reação dos artistas contra o domínio crescente da indústria técnica na arte. Os artistas são contra o afastamento da criação e do criador da obra, diante do avanço técnico sobre a representação da realidade. A fotografia é uma ameaça para a arte e sua aura.

- A fotografia é vista aí como simples instrumento de uma memória documental do real e a arte como pura criação imaginária.

- No fim do século XIX, como uma reação a tal abordagem, surge a prática do pictorialismo: tratar a foto exatamente como uma pintura, manipulando a imagem de todas as maneiras: efeitos sistemáticos de flou como num desenho, encenação e composição do sujeito e sobretudo: inúmeras intervenções posteriores sobre o próprio negativo e sobre as provas, com pincéis, lápis, instrumentos e vários produtos.

II. A fotografia como transformação do real (o discurso do código e da desconstrução)

- O século XX irá insistir mais na ideia da transformação do real pela fotografia.

- Certos teóricos irão sublinhar , uma codificação que desloca a noção de realismo de sua fixação documental para o que se poderia chamar de princípio de uma verdade interior.

- Passa-se a considerar que a caixa preta fotográfica não é um agente reprodutor neutro, mas uma máquina de efeitos deliberados.

- Contra a imagem capturada, contra a redução da fotografia a documentação do real, emerge por exemplo, um jogo com a imagem convocada e construída, com pose e plasticidade. (Diane Arbus)

- E aí, alguns autores que pensam a partir do código são:

- Rudolf Arnheim:

Resumidamente, para ele a fotografia aparece ao mundo como uma imagem determinada ao mesmo tempo pelo ângulo de visão escolhido, por sua distância do objeto e pelo enquadramento; em seguida, a fotografia reduz a tridimensionalidade do objeto a uma imagem bidimensional e o campo das variações cromáticas a um contraste de preto e branco; finalmente, a fotografia isola um ponto preciso do espaço-tempo e é puramente visual. Ou seja: esse é o enquadramento limitado de realidade que a fotografia consegue alcançar.

- Baudry:

Por vez, o Baudry irá colocar que a imagem nada tem de um dado natural, pois os princípios que presidem a construção de um aparelho fotográfico estão vinculados a uma noção convencional do espaço e da objetividade que foi elaborada na câmera obscura. A fotografia, sendo assim, recuperou um sistema de construção de espaço que estava já carcomido, caquético, antigo e superado.

- Antropologia: a significação das mensagens fotográficas é de fato determinada culturalmente. Ela não se impõe como uma evidência para qualquer receptor, que sua recepção necessita de um aprendizado dos códigos de leitura. O dispositivo fotográfico é, portanto, de fato um dispositivo codificado culturalmente.

 

 III. A fotografia como traço de um real

- Tal concepção têm como ponto de partida o princípio elementar da impressão luminosa, a ideia de que a fotografia é regida pelas leis da física e da química. Ou seja, leva em consideração que a fotografia consistiria em traços de luz arquivados.

- É uma definição minimalista da fotografia como impressão luminosa: mantém com o objeto um princípio quádruplo de: conexão física, singularidade, designação e atestação. É uma impressão ao mesmo tempo separada, plana, luminosa e descontínua.

- A fotografia remete sempre apenas a um único referente e determinado: atesta a existência de uma realidade, de modo que as fotografias não tem significação nelas mesmas: seu sentido lhes é exterior, é essencialmente

- A imagem é percebida como ato-traço: implica plenamente o próprio sujeito na experiência, no experimentar do processo fotográfico.

- Tal abordagem busca libertar o fotográfico do fantasma de fusão com o real.

Exercícios

Desiree

Roberto

Heloisa

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Helena

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Maria Rita

Sara

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Julia

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Luana

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Lorena

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Maria Gabriele

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Rosana

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Giulia

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Sarah

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Rafael

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Caroline

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