UM PORTO INVISÍVEL (2016)
caminhada performativa
em colaboração com Percursos Urbanos/Julio Lira
[PT]
Passeio coletivo por estações e pontos terminais de cabos submarinos na Praia do Futuro, em Fortaleza, com proposição de práticas táteis. A atividade se deu no âmbito do projeto Percursos Urbanos, coordenado pelo artista visual e sociólogo Júlio Lira, com o apoio do Centro Cultural Banco do Nordeste – CCBNB. Há mais de dez anos, Lira convida um artista, pesquisador ou agente cultural da cidade de Fortaleza para mediar um passeio, a pé ou com a estrutura de um ônibus, por uma parte da cidade, inspirado em práticas situacionistas e do fluxus.
Lira situou "Um Porto Invisível" como um tipo de percurso próximo de um grupo específico de outros que haviam ocorrido anteriormente, especificamente um dedicado ao conhecimento sobre as rotas dos ventos no Ceará e outro sobre as correntes marítimas; ou seja, percursos que convidavam as pessoas para lidar com uma dimensão da cidade que pode soar demasiado abstrata se não ativada por meio de estratégias perceptivas e afetivas, por um outro envolvimento com o sensível (considerando que se tratam de fenômenos pouco visíveis na experiência da cidade).
Por isso, minha mediação do Percursos Urbanos envolveu uma atenção para a pele, para o toque e para a consideração especulativa de quais afetos poderiam emergir a partir do contato físico com um espaço infraestrutural.
AN INVISIBLE PORT (2016)
walking tour
collaboration with Percursos Urbanos/Julio Lira
[EN]
Collective tour of stations and terminal points of submarine cables at Praia do Futuro in Fortaleza, featuring tactile practices. The activity was part of the Percursos Urbanos project, coordinated by visual artist and sociologist Júlio Lira, with support from the Banco do Nordeste Cultural Center - CCBNB. For over a decade, Lira has invited an artist, researcher, or cultural agent from the city of Fortaleza to lead a walk, either on foot or by bus, through a part of the city inspired by situationalist and Fluxus practices.
Lira positioned "An Invisible Harbor" as a type of route similar to a specific group of others that had occurred previously, specifically one dedicated to knowledge about wind routes in Ceará and another about ocean currents. In other words, routes that invited people to deal with a dimension of the city that can sound too abstract if not activated through perceptual and affective strategies, through another involvement with the sensitive (considering that these are phenomena that are not very visible in the experience of the city).
Therefore, my mediation of the Percursos Urbanos involved attention to the skin, touch, and speculative consideration of which affects could emerge from physical contact with an infrastructural space.
