Na areia ancorando redes:
1880-2020



Ensaio artquivista com colagens, fotos e vídeos
por Ruy Cézar Campos
Em 2020, Fortaleza é o principal hub de cabos submarinos de fibra ótica do Atlântico Sul. As imagens apresentadas no espaço expositivo documentam a chegada de Ellalink, o 15º cabo óptico submarino a ancorar na Praia do Futuro. Tais infraestruturas são essenciais para a manutenção do fluxo global de dados digitais que distribuem informações vitais ao funcionamento do sistema-mundo, ainda mais em tempos de pandemia. A primeira vez que um cabo atravessou os verdes mares do Ceará, todavia, foi em 1882, ainda no século XIX, poucos anos depois de uma trágica combinação entre fenômeno climático e doenças virais.
A chegada do inverno no Ceará sempre envolve uma expectativa de amenização da seca ou um receio de que uma seca surja ou se agrave. No caso de 1882, o fato do cabo submarino chegar em dia de chuva o embutiu com o afeto da esperança.
Este ensaio transmídia apresenta, envolto em fantasmagoria e estranheza artquivística, uma narrativa inédita que tece relações curiosas entre cabo submarino e abolicionismo no Brasil, partindo do Ceará, a primeira província a abolir a escravidão no país.
Introdução

O autor da anedota diz entrar em verso não pelo valor de versar, mas pela alegria que lhe compadece pelos tristes e bisonhos comissários da seca, dada a tecnológica chegada do inverno na capital da província:


Uma enigmática narrativa climática e política se faz sobre cabo submarino, o Ceará e o Brasil Império no folhetim do periódico fortalezense Constituição no domingo de 2 de abril de 1882. Naquela semana, não só tal impresso como outros atuantes na sede da província reportaram a chegada do cabo submarino (a bordo do vapor Norseman) que sincronizaria Fortaleza com o tempo dos lugares mais modernos. O cearense de então queria, como se verá no decorrer do ensaio, fazer-se telegrafado oceano afora como precursor do futuro que a modernidade prometia glorioso.
A organização abolicionista mais influente e ousada da província, a Sociedade Cearense Libertadora, professava então no seu periódico O Libertador como o futuro chegaria via Fortaleza ao Brasil:
Um dos sujeitos que figura na histórica foto dos membros de tal organização abolicionista brasileira é William John Ayres, inglês que começou a trabalhar em 1874 para a Brazilian Submarine Telegraph Co., servindo como superintendente da estação de cabo submarino de Fortaleza durante toda a década de 1880, até seu pedido de afastamento em 1889. No Ceará, ele se casou com uma das filhas da abolicionista Maria Tomásia Figueira Lima (ARRUDA, 2007), uma das principais articuladoras do abolicionismo no Brasil e integrante da Sociedade das Senhoras Libertadoras, primeira organização política de mulheres no país. Dos quentes e verdes mares partiu em 1884 a transmissão do fim da escravidão na província. Seu propósito comunicacional se cumpriria quatro anos depois, concretizado o fim da escravidão no território nacional, no que se guarda uma narrativa fenomenal sobre cabos submarinos.

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A fantasmagórica chegada do cabo submarino em Fortaleza

Não sabemos qual especialista em eletricidade poderia ser prova de que os fantasmas despertam com a energia elétrica, mas sabemos que o fantasmagórico é um conceito operativo no tempo, geralmente envolvendo um interesse dequelx que pesquisa por materialidades da paisagem e pela metáfora da arqueologia (TILL, 2005, p. 9), desdobrando uma compreensão que ganha presença através do escavacar de camadas temporais. Os fantasmas seriam, nessa formulação de Till (2005, p. 13), primeiramente uma figura social através da qual algo que está perdido pode aparecer diante de nossos olhos.



De acordo com Dias (1924 apud PINHEIRO, 2009), o Morro do Croatá (o nosso Pindo) era um cômoro de areia revestido de alguma vegetação que ficava a um lado da cidade e próximo à costa, onde melhor que de qualquer outro ponto se descortina mais amplo horizonte sobre o mar, ao mesmo tempo em que dele se avista todos os cumes das serras visíveis da cidade de Fortaleza. Por essas razões, a cidade seguiu as orientações das ciências médicas e ali enterrou seus mortos, no seu fracassado primeiro cemitério.
Menos paranormal, a narrativa de conexão oficial da cerimônia de chegada do cabo submarino em 1882 nos permite saber que vinte e quatro menores da companhia de aprendizes marinheiros, solicitados via imprensa (O CEARENSE, 1882, n. 71), deveriam estar ao raiar do sol à disposição do comandante do vapor Norsemann para auxílio no esticamento do cabo submarino, que cerimonialmente ocorreria, de acordo o periódico O Cearense (1882, n. 70), após as 6h da manhã.
Globalização e Integração



A geografia das rotas dos cabos de telégrafo no século XIX seguia as rotas de transporte e mercado do capitalismo industrial, com os cabos geralmente ancorando próximo a portos, interconectando-se com o transporte marinho (STAROSIELSKI, 2015, p. 31).
Os trabalhadores das estações de cabos submarinos eram os responsáveis por transmitir os eventos que chacoalhavam o mundo político global, dos terremotos às guerras, como se pode notar nos períodicos de Fortaleza do período em que W. J. Ayres superintendeu. Seus horários de trabalho eram incomuns, ajustados não com o horário local, mas com a temporalidade global dos grandes Impérios. Quando eles pisavam no seu lugar de trabalho, os homens do cabo ocupavam esse espaço global, uma zona de velocidade e pressão (STAROSIELSKI, 2015, P. 105).
A rede global do século XIX encontrava como principal fronteira permeável da infraestrutura a performance corporal dos trabalhadores das estações na manutenção dos fluxos globais (STAROSIELSKI, 2015, P. 111). As comunicações submarinas se espalhando na era imperial eram geralmente propriedade de companhias privadas ao invés de governos em si, mas faziam parte da estratégia de proteger os principais impérios coloniais, confundindo-se facilmente proprietários com parlamentares do aparato colonialista.
Na década de 1880-1889, começam a passar pela estação de cabo de submarino de Fortaleza notícias das mais variadas sobre cabos submarinos, apontando-o como enunciador nominal da informação de catástrofes em Portugal (A CONSTITUIÇÃO, 1882, n. 27) e como sujeito de narrativas sobre a história do telégrafo e do progresso nos seus 50 anos de uso pelo Império Britânico, disponibilizando-se informações de que a Terra saltou de 2,000 milhas de cabos submarinos na década de 1860 para 115,00 milhas na década de 1880¸ achando-se envolvida em uma quíntupla cinta de fios eléctricos e que se pode em 20 minutos fazer com que um despacho dê a volta ao mundo (O CEARENSE, 1887, n. 219).
Aparentemente, Fortaleza também já não era um lugar tão seguro assim, conforme publicado pelo superintendente W. J. Ayres:
Willem Thompson foi um inventor que, por sua contribuição ao Império Britânico, recebeu da Rainha Vitória em 1866 o título de sagrado Cavaleiro (CARTER et. Al, 2009). Físico também conhecido como Lord Kelvin, seu sobrenome é uma medida de temperatura. As empresas britânicas dominavam os negócios dos cabos submarinos durante os anos 1800 em razão da sua habilidade com a tecnologia de instalação do cabo no oceano, da monopolização da infraestrutura de suporte técnico, bem como em razão do uso monopolizado da gutta-percha, uma borracha extraída na colônia britânica da Malásia, no que se mantinha domínio material sobre o desenvolvimento das redes (STAROSIELSKI, 2015, p. 34).
Ainda que sua estação não fosse uma ilha protegida de problemas como furto, era pelo cabo submarino que a Fortaleza de então se projetava como a metrópole abolicionista (A CONSTITUIÇÃO, 1882) do Brasil Império, apostando politicamente nas ondas que corriam dos verdes mares para o mundo.

O banquete visava unir em pensamento o Ceará com Pariz, conforme agendado para a mesma data uma festa que simultaneamente se iniciava na capital cearense e se espalhava através dos cabos submarinos para o mundo e o resto do Brasil: a festa programada do fim da escravidão. Pesquisadoras como Santos (2015) e Ferreira (2018) apontam como a notícia da abolição da escravidão no Ceará repercutiu nos Estados Unidos, Europa e mais perigosamente no Nordeste e restante do Brasil, com suas elites escravocratas ainda resistentes quanto à uma abolição festejada logo na capital parisiense. No Rio de Janeiro, o comissário Tristão de Alencar Araripe revela no discurso histórico, professado no Senado Federal, a articulação política com a infraestrutura submarina:
Fortaleza se sincronizou com o tempo global através do cabo apenas alguns anos depois da Corte, mas no momento decisivo para se utilizar dos cabos submarinos para querer se fazer exemplo de avant-gard do futuro brasileiro em Paris, indigesto à elite escravocrata nacional.
No dia 25 de março de 1884, celebrava-se um banquete na capital francesa, idealizado pelo nome chave do abolicionismo brasileiro, José do Patrocínio, contando com a presença do mais renomado abolicionista francês, Victor Schoerfer (FERREIRA, 2010).
Maré Abolicionista
Martins ressalta como para o Ceará não bastava libertar: era importante alardear as ações do abolicionismo cearense para o mundo e para o Brasil (MARTINS, 2014, p. 16), gerando uma maré abolicionista (FERREIRA, 2010, p. 41).

Todas as informações instantâneas dessa década de maré abolicionista cearense foram transmitidas pelo oceano sob a supervisão de W. J. Ayres, o superintendente da Brazilian Submarine Telegraph Co. e genro de uma das destacadas mulheres protagonistas do abolicionismo no Império, falecida na capital da jovem república em 1903 (ARRUDA, 2007).



O superintendente da estação de cabo submarino em Fortaleza, claramente ainda que discretamente, era um atuante do movimento abolicionista local e revela uma curiosa articulação de infraestrutura comunicacional submarina. A peculiaridade política é específica, mas resguarda padrões interessantes de serem ressaltados, conforme permitem um ponto de vista não só local, nacional, mas global, vinculado ao Império Britânico. Especialmente, permite destacar o corpo do trabalhador da estação de cabos submarinos como parte da infraestrutura que tornava a comunicação transoceânica possível na era imperial e que hoje em dia, na era da fibra óptica e com as tecnologias computacionais, opera de modo totalmente distinto:
A atuação de Ayres para a Brazilian Submarine Telegraph Co. começou em 1874 e possivelmente buscou certa discrição em seu momento de ativista abolicionista no Ceará, se pensarmos com Starosielski que discrição era a orientação da maior parte das companhias aos cableman, ainda que a integração dos trabalhadores com os locais por meio de casamentos e vida social fosse considerada uma estratégia de insulamento (STAROSIELSKI, 2015, p. 115), contrastante com o segredo e a arquitetura de alta segurança que marca as estações hoje operadas remotamente por computadores, ainda que sigam dependentes de funcionários apertadores de botões.
"A estação de cabo submarino era um lugar onde microcirculações linkadas com as correntes globais e as práticas locais podiam se disseminar através da rede (desde desenvolvimentos tecnológicos até porres). O corpo do trabalhador dos cabos – um sítio através do qual as mensagens e as informações passavam e onde elas eram interpretadas – formava o portão crucial do sistema e do ponto de pressão mais importante da rede. Movimentos ínfimos aqui tem efeitos gigantescos: o corpo do homem dos cabos era entendido como o sítio que era mais suscetível à variação ou a interrupção do fluxo. Conforme argumenta Jussi Parikka, nas redes do século dezenove eram as pessoas que ocupavam a posição de parasita, ou invasor do entremeio da transmissão. (STAROSIELSKI, 2015, p. 105; trad. livre)"

Estação da Level 3 na Praia do Futuro

Estação da Level 3 na Praia do Futuro
Acima, vemos uma estação de cabo submarino atualmente na Praia do Futuro. A empresa que operava tal estação (antes de ser vendida) foi, por exemplo, a primeira a aderir ao programa de vigilância da NSA (Agência Nacional de Segurança - Estados Unidos) divulgado por Edward Snowdem e Glenn Greenwald na metade da década passada. O cabo Ellalink, por vez, foi um empreendimento de diversificação das rotas de cabos submarinos posterior e como resposta ao escândalo, propondo um modelo de governança inovador e mais democrático.
Da mesma forma que as infraestruturas antes podiam ser empregadas para interesses colonizadores ou libertadores, hoje também ocorre semelhantemente. Da rede telegráfica para a rede de fibra ótica que sustenta a digitalidade, narrativas como a apresentada aqui são relevantes para chamar atenção para as materialidades sem as quais certos processos não seriam possíveis e estimular outros imaginários. As infraestruturas, ao ganhar atenção, apontam para possibilidades ainda a serem imaginadas. Oferecer camadas de entendimento sobre seu entorno (político, ambiental, histórico) ao longo dos séculos é um modo de conjecturar e especular outros devires infraestruturais.
Durante o século XX, desenvolveu-se uma atenção crítica para como o progresso da Europa colonial não teria sido possível sem novos meios de comunicação e transporte (como o telégrafo e as estradas), assim como modos de coletar e analisar a informação na administração das colônias e das rotas comerciais. Especialmente, destaca-se o desenvolvimento da estatística e de teorias econômicas que justificaram a escravidão e o colonialismo modernos. Fundamenta-se, para avançar em tal crítica, no conceito de colonialidade, ou seja, nos legados do colonialismo que sobrevivem ao sistema colonial em si (COULDRY & MEJIAS, 2019, p. 75).
A vida (dados biométricos, afetivos, sexuais, políticos, econômicos, espirituais, pensamentos), ao ser transformada na contemporaneidade em recurso para a extração de valor a partir dos dados digitais como matéria-prima, é invadida de modo singular, sendo tratada como terra nullius e novo terreno para que o capitalismo possa reproduzir estratégias cujas características advém antes do colonialismo do que de qualquer complemento nominal inovador ao velho capitalismo (como capitalismo da rede, capitalismo cibernético, capitalismo de plataforma etc.).
Com o que se colocou no ensaio, pensa-se aqui, afinal, não que operadores de cabo submarino abolicionistas agenciados fantasmagoricamente pelo argumento possam ser vistos como agentes institucionais de uma operação articulada com o Foreign Office de Londres para tornar determinável que o Brasil não entrasse no século XX sendo o último escravagista no hemisfério ocidental em razão do apego das elites monocultoras ao sistema feudal. A retórica positivista e de redenção dessa organização e do abolicionismo dos anos 1880 acabou sendo insuficiente para fazer da abolição da escravidão algo que realmente rompesse com o status dominador da branquitude.
Não se corrobora aqui, portanto, a narrativa que predominou nos livros didáticos brasileiros do século XX, onde a Lei Áurea foi um gesto de benevolência e heroísmo da Princesa Isabel, abrindo caminho para a república da democracia racial moderna. Nem se deve limitar o fenômeno da abolição ao potencial subversivo da alegria sem limites que foi gerando a maré abolicionista, ainda menos se tem espaço para entrar na intensificação da resistência popular e parainstitucional negra desde os anos 1850 na Bahia e outros pontos do Brasil.
É evidente, todavia, que todas essas são camadas que constituem o evento que abre o caminho do Brasil ao futuro positivista e nunca cumprido conforme propagado através de cabos submarinos pela Sociedade Abolicionista Cearense.
Atualmente, cabe concluir questionando quais possibilidades de governança e apropriação libertadora poderiam passar os cabos submarinos? Quais caminhos possíveis de se pensar o futuro que não caiam no positivismo enganador? Como se contrapor a colonialidade dos sistemas infraestruturais contemporâneos?
Referências
Fontes
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Ao futuro. Libertador, Fortaleza, 24/06/1881.
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Jubileu do Telégrafo, O Cearense, Fortaleza, dia 30/07/1887
Objetos Furtados, O Libertador, Fortaleza, dia 18/07/1883
Notícias, Gazeta do Norte, Fortaleza, 21/04/1881
Homenagem ao Ceará, Gazeta da Tarde, Rio de Janeiro, 27/03/1884
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